SÍNDROME DO IMPERADOR
O pequeno grande autoritário
O que é a síndrome do imperador?
A síndrome do imperador se refere ao comportamento abusivo por parte de algumas crianças em relação aos mais velhos.
Quem já não conheceu uma criança autoritária? Olhando para ela é possível observá-la como um pequeno adulto na forma de impor suas vontades.
A criança com o perfil de imperador costuma deixar até os próprios adultos constrangidos. Esse é um problema que atualmente vem se fixando em nossa sociedade cada vez mais.
Comportamentos mais comuns na síndrome do imperador
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Não sente culpa pelo que faz aos outros;
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Comportamento pouco convencional para a idade;
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Controladora;
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Dá ordens e impõe respeito;
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Atua de forma impulsiva;
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Não reage bem a frustração;
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Insubordinada;
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Não demonstra solidariedade;
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Não gere bem as emoções;
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Quando frustrada se torna raivosa;
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Não teme figuras de autoridades como professores, diretores da escola, pais, irmãos mais velhos;
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Pode chegar a bater, fazer agressão verbal, danificar coisas por birra.
A ARTE DE CRIAR AUTOESTIMA NA CRIANÇA
Conceito e dicas....
SEPARAÇÃO
Como a criança encara isso?
VIOLÊNCIA INFANTIL
Conheça os sinais..
Cotidiano da criança na síndrome do imperador
Aqui quem manda sou
"EU"
Atuação no dia a dia na síndrome do imperador
As pessoas que não estão acostumadas com esse tipo de situação geralmente estranham ao presenciar uma criança mandando em casa, por exemplo, enquanto que os pais ficam com receio de frustrá-la.
Em seu cotidiano, a criança imperadora tende a não ajudar o outro, demonstrando pouca empatia.
Costuma também não respeitar as ordens. Gosta de chamar a atenção, se sente à vontade sendo o centro de tudo. Muitas vezes é agitada, bagunça com as coisas, desprendida de cuidado com objetos.
Também grita quando é contrariada, chegando até mesmo a enfrentar e bater no adulto que é fonte de sua frustração. Ela faz uso da manipulação, demonstra marcante desobediência, rebeldia e insubordinação.
Manipulação na síndrome do imperador
Na síndrome do imperador a criança vive como que para desfrutar das coisas boas da vida. Assim, ela se interessa mais por si mesma e tende a ser desafiadora.
Para que se realizem todos os seus desejos, ela vai usar de um vasto arsenal de manipulação: chorar, xingar, se jogar no chão, quebrar objetos, bater, gritar, rejeitar o adulto...
Mesmo não sendo adulta, é ela que impõe as ordens no lar e tenta fazer o mesmo na escola e onde frequentar, tornando difícil a convivência com educadores e colegas da mesma idade.
Na síndrome do imperador como é o comportamento da criança fora de casa?
Geralmente não leva desaforo para casa, expressa aquilo que sente sem crítica interna. Responde os adultos, quer fazer com os outros aquilo que faz em casa - sem diferenciar pessoas e ambientes.
A escola se torna o primeiro local que acaba sendo exteriorizado o problema. Os professores muitas vezes, têm dificuldade para dar aula e manter a disciplina.
O comportamento dos responsáveis influenciam a criança na síndrome do imperador?
Quando os pais são chamados para comparecer à escola, é comum inicialmente acobertarem o comportamento do filho culpando os outros por isso.
As reuniões com essas famílias costumam ser rotineiras, longas e sem nenhuma mudança, quando não existe ato de responsabilidade para com aquela situação.
A educação exige os maiores cuidados porque influi sobre toda a vida.
Sêneca
E, muitas vezes, esses pais discutem com a escola por não fazer as vontades de seu filho. Perdendo assim, a oportunidade de educá-lo e de torná-lo um bom cidadão.
Contudo, aquilo que já é de costume em casa, tentam estipular para um local de ensino, onde se presa a boa convivência e a educação, assim acontece a famosa "carteirada".
O futuro poderá ser comprometido negativamente na síndrome do imperador?
Mesmo que essa criança permaneça alguns anos na escola, são os pais que ficarão com esse filho para sempre. Sendo assim, o interesse no desenvolvimento emocional, deveria ser mais dos pais. Mas infelizmente, podemos perceber em alguns casos, a preocupação partindo dos profissionais da educação.
Um telefonema, um recado ou qualquer outro contato feito pela escolha para falar sobre o comportamento da criança, pode ser interpretado como ataque pessoal, podendo ser levantadas defesas para contra atacar de volta. É mais fácil para algumas pessoas não olhar para a realidade.
Contudo, nem todos pais apoiam as atitudes dos filhos. Embora seja difícil, eles procuram ficar mais atentos. São geralmente pessoas respeitosas, que se preocupam com o futuro e que não compreendem a razão do comportamento inadequado da criança estar acontecendo.
Entretanto os pais que apoiam as atitudes erradas de seus filhos, costumamente os presenciamos na porta da escola defendendo a criança sem ela ter razão, geralmente na saída, quando tem muita gente em volta. Eles humilham em público os profissionais da educação ou então discutem com outros pais (de crianças vítimas).
Essas pessoas não dispensam o mais rico vocabulário para desmerecer e agredir os profissionais da educação, que eticamente trabalham na formação do seu próprio filho.
Inclusive fazem a cena agressiva na frente da própria criança e também de outras. Sem ter consciência, eles ensinam os próprios filhos a não ter respeito por aqueles que ficam grande parte do dia com eles. Mas isso se volta um dia contra eles próprios, pois ensinam a criança a desrespeitar as figuras de autoridade.
Quando os pais presam por boa educação e conduta eles percebem o problema e buscam ajuda psicológica. Também procuram informações quanto à conduta apropriada a se ter com os filhos. Geralmente, o prognóstico é de melhora no comportamento da criança. Aliás, "o fruto não cai longe da árvore".
Se você é um adulto que não consegue lidar com as emoções do seu filho e se sente culpado todas as vezes que tem que o orientar - entre em contato e marque terapia para entender melhor aquilo que lhe acontece.
Característica dos pais na síndrome do imperador
Alguns sinais na síndrome do imperador:
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Obediência - eles acatam, aceitam as exigências do filho;
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Medo - temem em frustrar a criança, pois acreditam que possa ocorrer uma repercussão negativa na personalidade ou no surgimento de um trauma;
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Não sabem dizer não;
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Sentem culpa - por isso deixam a criança bem à vontade;
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Resistem para perceber o problema;
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Repreensão - não fazem com assertividade;
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Não têm autoridade - poupam a criança de aprender a ter obediência, respeito e autocontrole.
Com essas atitudes os pais pensam estar fazendo o bem, mas ficam em débito com os filhos, pois a conduta permissiva não ajuda a criança a ter autocontrole.
Para a criança é importante que saiba conviver bem com as outras pessoas desde cedo, para que se sinta aceita e amada. Porque um dia ela sairá do ninho (casa dos pais) para viver em sociedade.
O bom relacionamento é uma porta aberta que contribui para a felicidade.
Como disse Aristóteles: “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”
Como criar uma criança com autoestima?
Criando alicerce forte na criança
A criança não nasce já sabendo como se comportar. Precisará dos cuidadores para ensiná-la.
Uma boa base é aquela em que tem assegurado os direitos básicos de viver com saúde, educação, alimentação, vestimenta, moradia, também inclui a disseminação dos valores, atos de cidadania, empatia, prática de regras sociais...
É função dos pais ensinar o filho que algumas vezes poderá ter o que deseja, mas outras vezes "não". Com isso, a criança vai desenvolvendo a flexibilidade, a compreensão e o autocontrole.
Com a ausência de ensinamentos, a criança cresce com uma imagem distorcida da vida, do espaço em que convive e dela mesma.
Alguns pais sentem dificuldade em impor regras, estabelecer limites e educar, no qual, a criança acaba por se aproveitar da situação.
Nenhuma criança aprende a controlar os próprios impulsos, se ela não for ensinada, e também se não tiver bom exemplo em casa. Por não saber disso, os pais permissivos perdem a autoridade e o respeito.
Educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas.
As pessoas mudam o mundo.
Paulo Freire
Quando a criança passa a entender que da parte dos pais não surgirá nenhuma repreensão - ela não os teme e faz o que quer.
Em que momento é preciso se preocupar na síndrome do imperador?
Como identificar a síndrome do imperador?
A síndrome do imperador pode aparecer desde cedo, mas costuma apresentar relevância por volta dos 7 anos de idade.
O desrespeito começa inicialmente com pequenas desobediências, posteriormente vai aumentando.
No momento em que os pais percebem a desobediência aumentar - devem ter mais atenção - e, procurar ajuda profissional se for o caso.
A síndrome do imperador na adolescência
Na adolescência, o jovem acha que tem direito a tudo, muito se deve ao fato de se sentir insatisfeito. Tende a se tornar um explorador.
Age com irresponsabilidade, desacata os pais e autoridades, não desenvolve vínculos afetivos, pois ninguém o aguenta, nem mesmo a família.
Quando os pais procuram auxílio aos serviços sociais é porque não conseguem mais controlá-lo. Entretanto, a situação pode já estar vindo fora de controle há muito tempo.
A síndrome do imperador é um problema psicológico?
A síndrome do imperador pode conduzir a alguns problemas tanto da ordem social quanto psicológica, pois a criança cresce sem limite. Essa síndrome não está catalogada no DSM V, entretanto reúne um conjunto de comportamentos bem comuns, por isso é considerada uma síndrome.
Geralmente as crianças que apresentam a síndrome do imperador não possuem psicopatia, psicose, esquizofrenia, também não precisaram consumir drogas para ter tais atitudes.
O mau comportamento na síndrome do imperador é relativo à educação, ou seja, não tiveram a oportunidade de aprender a forma assertiva de se comportar. Muitos são provenientes de lares em que os pais trabalham muito, pais que sentem culpa por passar a rotina distantes afetivamente, pais que desejam poupar seus filhos da dor e da frustração.
Para evitar que a situação fique insustentável, a educação é o melhor caminho desde cedo, assim como a conscientização dos pais principalmente.
"Abrindo os olhos" se constrói um mundo mais solidário e justo!